Quaresma
Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas
obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta
tradição da Igreja ficou como simples serviço em algumas igrejas protestantes,
como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a Quaresma a partir da
segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas. Saiba mais sobre
a Cerimônia das Cinzas na Igreja Católica, a única instituída diretamente por
Nosso Senhor Jesus Cristo, lendo este artigo.
A CERIMÔNIA DE IMPOSIÇÃO das cinzas dá início a um período
espiritual singularmente importante para todo cristão que busca se preparar
para viver melhor e mais profundamente o Mistério Pascal, – que se reflete na
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Este especial tempo litúrgico busca o cumprimento da exortação evangélica essencial: "Convertei-vos", imperativo proposto a todos os fiéis mediante as palavras do rito da Quarta-feira de Cinzas: "Convertei-vos e crede no Evangelho" e na expressão "Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás", as quais recordam a inexorável finitude e a efêmera fragilidade da vida humana neste mundo, sujeita à morte.
Sinônimo de "conversão", é também a palavra"penitência", como mudança de mentalidade; penitência como expressão de livre e positivo esforço no seguimento de Cristo.
Tradição
Este especial tempo litúrgico busca o cumprimento da exortação evangélica essencial: "Convertei-vos", imperativo proposto a todos os fiéis mediante as palavras do rito da Quarta-feira de Cinzas: "Convertei-vos e crede no Evangelho" e na expressão "Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás", as quais recordam a inexorável finitude e a efêmera fragilidade da vida humana neste mundo, sujeita à morte.
Sinônimo de "conversão", é também a palavra"penitência", como mudança de mentalidade; penitência como expressão de livre e positivo esforço no seguimento de Cristo.
Tradição
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas
eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa. Isto só dava por
resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram
acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma,
estabelecendo-se os quarenta dias de jejum (afora os domingos), para imitar o
jejum do Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua
penitência pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas,
vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reconciliassem com
a Igreja na Quinta-feira Santa ou na Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas
práticas caíram em desuso (séc. VIII ao X), o início da temporada penitencial
da Quaresma foi simbolizada com a imposição do cinzas nas cabeças de todos os
membros da congregação.
Preparação
O Tempo Quaresmal é, então, principalmente o tempo de preparação para a Páscoa. – Um período privilegiado que leva o cristão a penetrar fundo no sentido de sua condição de filho de Deus, destinado a uma eternidade repleta de felicidade na Casa do Pai, pois foi resgatado pelo Sangue de Cristo.
O Tempo Quaresmal é, então, principalmente o tempo de preparação para a Páscoa. – Um período privilegiado que leva o cristão a penetrar fundo no sentido de sua condição de filho de Deus, destinado a uma eternidade repleta de felicidade na Casa do Pai, pois foi resgatado pelo Sangue de Cristo.
A Quaresma começa na quarta-feira de cinzas e termina no
Sábado Santo ou de Aleluia, anterior ao Domingo de Páscoa: ao total são 46
dias, da quarta feira de cinzas ao sábado. Durante esses dias que precedem a
Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam-se à reflexão e à conversão
espiritual, e se recolhem em oração e penitência, para lembrar não só os 40
dias no deserto como também os sofrimentos que Deus feito homem suportou por
cada um de nós na cruz.
Quaresma é o tempo propício e oportuno para o cristão
buscar a imersão na Misericórdia divina e se tornar, de fato, discípulo de
Jesus. Para lembrar que temos obrigação, enquanto cristãos, de sermos
misericordiosos com o nosso próximo. Oração, penitência, jejum e esmola são
meios para se alcançar os objetivos da Quaresma. Não precisamos necessariamente
multiplicar as nossas orações, mas sim rezar apaixonadamente a cada dia,
participar nas Missas dominicais com especial atenção e dedicação, e coroar
essas práticas com a Comunhão no Corpo e Sangue do Senhor.
Viver a quaresma também é buscar a oração em família e a
leitura diária da Bíblia, ainda que de pequenos trechos. É fazer uma tranquila
caminhada num parque, contemplando as maravilhas que Deus espalhou por toda
parte, percebendo a beleza das árvores, o perfume das flores, o cântico dos
pássaros, o que nos possibilita experimentar um notável bem-estar
psicossomático: viver a Quaresma é estar atento às inspirações do Espírito
Santo, que vem a cada um “com gemidos inexplicáveis” (Rm 8,26).
Quaresma é época de
uma maior fraternidade, na ajuda concreta aos pobres. É uma abertura para a
vida dos semelhantes que passam privações; é tempo para lutar com mais força
contra o aborto; época de conceder o perdão aos que nos ofenderam ou magoaram;
de fazer o bem a todos sem “trombetear”. É tempo também de fazer uma boa
confissão, de fazer um “pacto” com a própria língua, para não ferir a honra
alheia, evitando críticas destrutivas; e para se resolver consigo mesmo,
aumentar a autoestima e valorizar as próprias qualidades.
* * *
Quaresma é tempo de partilhar a fé com os que se acham
perdidos em dúvidas que martirizam e confundem. Quaresma é tempo de rezar com
amor e fé pela paz neste mundo conturbado, pelos que sofrem, pelos que ainda
não encontraram o Caminho da Vida. Para cumprir o propósito da Quaresma, uma
boa dica: examine a sua consciência ao final de cada dia. Coloque-se diante de
Deus e diga: “Nisto eu errei; aquilo poderia ter feito diferente, melhor.
Amanhã vou melhorar, com a vossa Graça”.
Pastoral da Liturgia pjmj